sábado, 30 de agosto de 2008

Verdade

A futilidade arromba o ser. Hoje em dia o que é considerado bom ataca todas as vertentes da ética, sabedoria, romantismo, e , acreditem, liberdade. Porque liberdade é você realmente poder ser o que bem entende, sem rotulismo ou políticas esmagadoras, é vestir havaiana em um pé e no outro uma bota, e não ser considerado maluco. Liberdade é poder sendo verbo. A gente cresce sendo moldado, como uma escultura - mãos delimitam nossos contornos, para onde seguiremos e até aonde podemos ir sem recuar. Somos bichos em constante apelo, constante desejo de nos descobrir. Descobrir o que é este vazio que preenche muitas pessoas, um vazio que engana muito mais a si do que aos outros, um vazio guardado no fundo, onde talvez, nem mesmo elas consigam enxergar.

Vontade de viver, de aproveitar a vida o mais intensamente possível, essa vontade que nos corrompe muitas vezes e nos faz ultrapassar todas as regras que nos foram impostas..isso para mim é liberdade.

Liberdade é dizer, fazer, ser, sem ter o mínimo de preocupação com o que o outro vá pensar.

E não intérprete isso como egoísmo, pois seria um erro.

O que tento dizer, é que tudo o que pensamos e /ou fazemos, tem :

uma explicação por trás ou;

uma intenção;

um desejo, seja bom ou ruim.

O sistema em que a gente vive não permite sermos livres, pois se assim fôssemos, seríamos jogados pra fora dele, e digo mais, até os que pensam viver fora, não vivem, pois existem vários tipos de sistemas dentro de um complexo.Diria que estes sistemas menores, que se defazam do mestre, possuem regras próprias, e por isso, continuam a ser um tipo de sistema que parece não ser pragmático, mas é, só que de outro modo.

Podem pensar que eu sou maluca, e posso realmente ser, mas o que significa isso?

As pessoas estão tão acostumadas com as mesmas atitudes, os mesmos gestos, mesmas palavras, mesmas vestimentas, mesmos papos..que qualquer ato único enseja aplausos.

Não percebem que esse ato deveria acontecer mais, por se tratar de um exemplo de fuga da rotina e da lenga-lenga das pessoas-rôbos.

Vamos ser mais nós mesmos, sem perder a ética nas relações, seja como forem.

Falar a verdade dá prazer, é uma espécie de vício, que se aprimora com o tempo, e mais prazer ainda dá quando se é sincero consigo mesmo, mesmo quando se magoa outro ser, dizendo a verdade.

Não vamos esquecer que podemos fazer e ser quem quisermos, mas respeitando o outro. Não há motivo para sermos indiferentes a outros seres humanos como nós, já que todos somos capazes de sentir os mesmos sentimentos, ainda que em momentos diferentes e por pessoas diferentes.

Por favor, vamos exercer a verdade sempre. Ainda que doa, é uma forma de enfrentar essa superficialidade que invade nossas vidas.

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