domingo, 13 de dezembro de 2009

O Samba

Eu não sei exatamente em que momento da vida eu percebi que amava o samba. Na verdade, sempre gostei da melodia e de me acabar de sambar, mas era esporadicamente, eu não tinha esse sentimento que nasceu em mim, e que me tornou uma pessoa muito melhor, mais feliz.

Dizem que a felicidade não existe, que ela é feita de momentos. Momentos felizes. Afirmo, com total certeza, que desde que criei essa relação com o samba, tive muito mais momentos em minha vida dignos de pura alegria.

Não há nada melhor do que a energia de uma roda de samba. Nada mais rejuvenecedor, terapêutico, gostoso e atraente.
O que o samba é capaz de suscitar em alguém, é impressionante.
É lá que ganho amores e lá que me acalento, quando eles se vão.
É lá que esqueço o mundo de problemas que vivemos, e me perco na energia do sorriso de cada um, em cada verso cantado pelo coral que se forma.
É lá que encontro a felicidade de compartilhar uma música com pessoas que nunca vi, mas sentir, naquele momento, os mesmos sentimentos.
Ah, aquela batida, seja ela lenta ou forte, faz meu corpo desandar, como se me despertasse para um sonho..
Posso encontrar uma criança, ou, (que maravilha) um idoso no auge dos seus 70 anos, e dançar com ele magnificamente.
Posso encontrar, também, um grande amor ou alguém que me alegre e faça rir, uma nova amizade.
Os versos do samba traduzem a felicidade, e muitas vezes, a dor de cada um. E o impressionante, é que todos são amenizados em suas tristezas, quando soltam a voz e se libertam, cantando um verso, de modo que simplesmente, naquele instante, a dor se torna indolor.
O que acontece ali é lindo. Aliás, ali, lá, em todo e qualquer lugar. Ele pode estar numa esquina, sendo representado por um único tamborim. Mas pode também nascer de 200 homens, em uma explosão de bateria.

Meu eterno amor.

Um comentário:

*Gi* disse...

quando eu nao puder pisar mais na avenida... e mesmo assim...
lindo pri!